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2018

o anjo esquerdo da historia

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o anjo esquerdo da historia os sem-terra afinal estao assentados na pleniposse da terra de sem-terra passaram a com-terra: ei-los enterrados desterrados de seu sopro de vida aterrados terrorizados terra que a terra torna pleniposseiros terra- tenentes de uma vala (bala) comum: pelo avesso afinal entranhados no lato ventre do latifundio que de im- produtivo re- velou-se assim u- berrimo: gerando pingue messe de sangue vermelhoso lavradores sem lavra ei- los: afinal con- vertidos em larvas em mortua- rios despojos: ataudes lavrados na escassa madeira (materia) de si mesmos: a bala assassina atocaiou-os mortiassentados sitibundos decubito-abatidos pre- destinatarios de uma agra (magra) re (dis)(forme) forma - fome - a- graria: ei- los gregaria comunidade de meeiros do nada: enver- gonhada a- goniada avexada - envergoncorroida de imo-abrasivo re- morso - a patria (como ufanar-se da?) apatrida pranteia os seus des- possuidos parias - patria parricida: que talvez so afinal a espada flamejante do anjo torto da historia chamejando a contravento e afogueando os agrossicarios socios desse funebre sodalicio onde a morte-marechala comanda uma torva milicia de janizaros-jaguncos: somente o anjo esquerda da historia escovada a contrapelo com sua multigirante espada po- dera (quem dera!) um dia convocar do ror nebuloso dos dias vin- douros o dia afinal sobrevivente do justo ajuste de contas haroldo de campos 21.04.96

Haroldo de Campos: A Posse - Portal Vermelho

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Partilhar Dia: 01/01/2011 às 09:57:58 Haroldo de Campos: A Posse O poema A Posse foi publicado na Folha de S.Paulo em 19 de janeiro de 2003, duas semanas após a posse de Lula como presidente da República. Escrito pelo poeta, ensaísta e tradutor Haroldo de Campos (19 de agosto de 1929 — 16 de agosto de 2003), homenageia o torneiro mecânico formado na universidade da vida. Valeu como louvor à posse, vale também como despedida. A Posse de repente no país do bacharel de cananéia dos bacharéis de canudo e anel no dedo e dos doutores de borla e capelo no país dos coronéis latifundiários de baraço e cutelo (melhor dizendo de serrote elétrico corta-homens) de nobres de curul e pobres no curral um metalúrgico (sem anel de grau sem toga doutoral sem sabença de papel passado) um torneiro mecânico formado na vida (Severina) assoma no altiplano de brasília e toma posse da república numa apoteose de povo dando novo sentido à palavra pátria

O poema de Haroldo de Campos, escrito em 2003 para a posse de Lula

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.Por Haroldo de Campos. A Posse de repente no país do bacharel de cananéia dos bacharéis de canudo e anel no dedo e dos doutores de borla e capelo no país dos coronéis latifundiários de baraço e cutelo (melhor dizendo de serrote elétrico corta-homens) de nobres de curul e pobres no curral um metalúrgico (sem anel de grau sem toga doutoral sem sabença de papel passado) um torneiro mecânico formado na vida (Severina) assoma no altiplano de brasília e toma posse da república numa apoteose de povo dando novo sentido à palavra pátria Poema A Posse, de Haroldo de Campos, foi criado em homenagem à posse de Lula como presidente da República em 2003. Haroldo de Campos morreu em 16 de agosto do mesmo ano de 2003.

2009

ROSI CAMPOS (ROSICAMPOS) on Twitter

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2008

Campos de Carvalho - Vaca de nariz sutil (3)

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Vaca de nariz sutil (3) Campos de Carvalho PAGO A PENSÃO COM A PENSÃO QUE O ESTADO ME PAGA PELO MEU ESTADO. Não chega a ser bem um poema, mas a vida não é nenhum poema. Se eu dissesse isto ao presidente da República ele me acharia supinamente ridículo, e os seus áulicos com ele; e no entanto é a pura verdade. Mandei a frase a um jornal, subdividida em estrofes, e nem sequer me deram qualquer resposta: assim se escreve a história de um herói da última guerra, ou de qualquer guerra, ou de qualquer herói.

ORFANATO PORTÁTIL - Marcelo Montenegro - UOL Blog

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Neste meu ofício ou arte Neste meu ofício ou arte Soturna e exercida à noite Quando só a lua ulula E os amantes se deitaram Com suas dores em seus braços, Eu trabalho à luz que canta Não por glória ou pão, a pompa Ou o comércio de encantos Sobre os palcos de marfim Mas pelo mero salário Do seu coração mais raro. Não para o orgulhoso à parte Da lua ululante escrevo Nestas páginas de espuma Nem aos mortos como torres Com seus rouxinóis e salmos Mas para os amantes, braços Cingindo as dores do tempo, Que não pagam, louvam, nem Sabem do meu ofício ou arte.

editora terra

cheguei aqui DIGITANDO : www.editoraterra.com.br na capa de um dos volumes do : CURSO MULTÍMIDIA INTERATIVO PHOTOSHOP Leandro Campos

poesia.net 71

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Tigre! Tigre! William Blake O TYGRE Tradução: Augusto de Campos Tygre! Tygre! Brilho, brasa que a furna noturna abrasa, que olho ou mão armaria tua feroz symmetrya? Em que céu se foi forjar o fogo do teu olhar? Em que asas veio a chamma? Que mão colheu esta flamma? Que força fez retorcer em nervos todo o teu ser? E o som do teu coração de aço, que cor, que ação? Teu cérebro, quem o malha? Que martelo? Que fornalha o moldou? Que mão, que garra seu terror mortal amarra? Quando as lanças das estrelas cortaram os céus, ao vê-las, quem as fez sorriu talvez? Quem fez a ovelha te fez? Tygre! Tygre! Brilho, brasa que a furna noturna abrasa, que olho ou mão armaria tua feroz symmetrya? O TYGRE Tradução: José Paulo Paes Tygre, Tygre, viva chama Que as florestas de noite inflama, Que olho ou mão imortal podia Traçar-te a horrível simetria? Em que abismo ou céu longe ardeu O fogo dos olhos teus? Com que asas atreveu ao vôo? Que mão ousou pegar o fogo? Que arte & braço pôde então Torcer-te as fibras do coração? Quando ele já estava batendo, Que mão & que pés horrendos? Que cadeia? que martelo, Que fornalha teve o teu cérebro? Que bigorna? que tenaz Pegou-te os horrores mortais? Quando os astros alancearam O céu e em pranto o banharam, Sorriu ele ao ver seu feito? Fez-te quem fez o Cordeiro? Tygre, Tygre, viva chama Que as florestas da noite inflama, Que olho ou mão imortal ousaria Traçar-te a horrível simetria? THE TYGER Tyger! Tyger! burning bright In the forests of the night, What immortal hand or eye Could frame thy fearful symmetry? In what distant deeps or skies Burnt the fire of thine eyes? On what wings dare he aspire? What the hand, dare seize the fire? And what shoulder & what art, Could twist the sinews of thy heart? And when thy heart began to beat, What dread hand & what dread feet? What the hammer? what the chain? In what furnace was thy brain? What the anvil? what the grasp Dare its deadly terrors clasp? When the stars threw down their spears, And water'd heaven with their tears, Did he smile his work to see? Did he who made the Lamb make thee? Tyger! Tyger! burning bright In the forests of the night, What immortal hand or eye Dare frame thy fearful symmetry?

2007

Leia Livro

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A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, abrigar� no mês de agosto, além de 23 cursos das mais variadas �reas: poesia, m�sica popular, dramaturgia, etc, e de cinco peças em cartaz: O Marinheiro, Performance Sensorial, Ritual dos Sete, Romance Barato e Os Cafund�, eventos gratuitos, como lançamentos de livros, recitais, saraus, palestras, destaque para a semana HORA H – Eventos em Homenagem ao Poeta Haroldo de Campos.

2006