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10 July 2018 06:00

Terça-feira da 14ª Semana do Tempo Comum

Absalão! Absalão, meu filho, meu filho!” Responsório Sl 54(55),13a.14a.15a; cf. Sl 40(41),10b; 2Sm 19,1 R. Se o inimigo viesse insultar-me, poderia aceitar certamente; * Mas és tu, companheiro e amigo com quem tive agradável convívio, que ergueste teu pé contra mim. V. O rei, desolado, subiu ao quarto que está sobre a porta e chorou repetindo e andando: Meu filho Absalão, ó meu filho! * Mas és tu. Segunda leitura Dos Comentários sobre os Salmos, de Santo Agostinho, bispo (Ps.32,29:CCL38,272-273) (Séc.V) Aqueles que estão de fora, queiram ou não, são nossos irmãos Irmãos, exortamos-vos instantemente à caridade, não apenas entre vós, mas também em relação aos que estão de fora, quer sejam os ainda pagãos e descrentes, quer se tenham separado de nós, e de modo que, professando conosco a Cabeça, separaram-se do corpo. Sintamos pesar por eles, irmãos, porque eles continuam sendo nossos irmãos. Quer queiram, quer não queiram, são nossos irmãos. De fato, só deixariam de ser nossos irmãos se deixassem de dizer: Pai nosso. Assim o Profeta falou de alguns: Àqueles que vos dizem: Não sois irmãos nossos, respondei: Sois nossos irmãos. Observai de quem se poderia dizer isto, será que dos pagãos? Não, pois nem os chamamos de nossos irmãos segundo as Escrituras e o modo de tratar da Igreja. Será que dos judeus que não creram em Cristo? Lede o Apóstolo e notai que quando fala de “irmãos” sem mais, somente se refere aos cristãos: Tu, porém, por que julgas teu irmão, ou tu, por que desprezas teu irmão? E em outro trecho: Vós cometeis a iniqüidade e a fraude e isto fazeis contra irmãos. Por conseguinte, aqueles que dizem: “Não sois nossos irmãos”, estão nos chamando de pagãos. Por isso eles querem batizar-nos de novo, declarando que não possuímos o que dão. Por conseguinte, seu erro consiste em negar que somos seus irmãos. Mas então por que nos disse o Profeta: Quanto a vós, respondei-lhes: Sois nossos irmãos; a não ser porque reconhecemos neles aquele batismo que não repetimos? Não aceitando nosso batismo, eles negam que somos seus irmãos. Nós, porém, não repetindo o deles, mas reconhecendo-o como nosso, dizemos: Sois nossos irmãos. Se eles disserem: “Por que nos procurais? Que quereis de nós?” respondamos: Sois nossos irmãos. Mesmo que nos digam: “Podeis ir embora, nada temos convosco!” Pelo contrário, nós temos muito convosco! Nós confessamos um mesmo Cristo, e assim devemos estar em um só Corpo, sob uma só Cabeça. Portanto, nós vos suplicamos, irmãos, por aquelas mesmas entranhas da caridade, cujo leite nos alimenta, cujo pão nos fortalece, isto é,por Cristo, nosso Senhor. Com efeito, é agora a ocasião de termos para com eles grande caridade, muita misericórdia, rogando a Deus por eles, a fim de que lhes conceda sobriedade de pensamento para caírem em si e enxergarem, porque nada absolutamente têm a dizer contra a verdade. De fato, apenas lhes resta a fraqueza da animosidade, tanto mais enferma quanto mais julga possuir maior força. Assim, pela mansidão de Cristo, nós vos conjuramos suplicando em favor dos fracos, dos sábios segundo a carne, dos puramente humanos e carnais, mas ainda nossos irmãos, que freqüentam os mesmos sacramentos, embora não conosco, mas os mesmos. Eles respondem um só Amém, embora não conosco, mas o mesmo. Portanto, derramai diante de Deus por eles o âmago de vossa caridade. Responsório Ef 4,1.3.4 R. Exorto-vos, pois, no Senhor, que vivais dignamente, irmãos, na vocação a que fostes chamados: * Solícitos sede em guardar a unidade que vem do Espírito, pelo laço da paz que nos une. V. Há um corpo somente e um Espírito, é uma somente a esperança da vocação a que fostes chamados. * Solícitos. Oração Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Conclusão da Hora V. Bendigamos ao Senhor. R. Graças a Deus.

08 July 2018 06:15

Domingo - 14ª Semana do Tempo Comum

Segunda leitura Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo (Serm. 19,2-3:CCL41,252-254) (Séc.V) Sacrifício para Deus, um espírito contrito Reconheço o meu pecado, diz Davi. Se eu o reconheço, perdoa-me, Senhor! Mesmo procurando viver bem, de modo algum tenhamos a presunção de ser sem pecado. Que demos valor à vida em que se pede perdão. Os homens sem esperança, quanto menos atentam para os próprios pecados, com tanto maior curiosidade espreitam os alheios. Procuram não o que corrigir, mas o que morder. Não podendo escusar-se, estão prontos a acusar. Não foi este o exemplo de rogar e de satisfazer a Deus que Davi nos deu, dizendo: Porque reconheço meu crime e meu pecado está sempre diante de mim. Davi não estava atento aos pecados alheios. Caía em si, não se desculpava, mas em si mesmo penetrava e descia cada vez mais profundamente. Não se poupava, e por isso podia confiadamente pedir para si o perdão. Queres reconciliar-te com Deus? Repara como procedes contigo, para que Deus te seja propício. Presta atenção ao salmo, onde lemos: Porque se quisesses um sacrifício, eu o faria certamente; não te causam prazer os holocaustos. Então ficarás sem sacrifício para oferecer? Nada oferecerás? Com nenhuma oblação tornarás Deus propício? Que disseste? Se quisesses um sacrifício, eu o faria certamente; não te causam prazer os holocaustos. Continua, escuta e dize: Sacrifício para Deus é o espírito contrito; o coração contrito e humilhado Deus não o despreza. Rejeitado aquilo que oferecias, encontraste o que oferecer. Como os antepassados, oferecias vítimas de animais, ditos sacrifícios: Se quisesses um sacrifício, eu o faria certamente. Não queres mais este gênero de sacrifícios, no entanto, procuras um sacrifício. Não te causam prazer os holocaustos. Se não tens prazer com os holocaustos, ficarás sem sacrifício? De modo algum. Sacrifício para Deus é o espírito contrito; o coração contrito e humilhado Deus não o despreza. Tens o que oferecer. Não examines o rebanho, não aprestes navios e não atravesses as mais longínquas regiões em busca de perfumes. Procura em teu coração aquilo de que Deus gosta. O coração deve ser esmagado. Por que temes que o esmagado pereça? Lê-se aqui: Cria em mim, ó Deus, um coração puro. Para que seja criado o coração puro, esmague-se o impuro. Sintamos aborrecimento por nós mesmos quando pecamos, porque os pecados aborrecem a Deus. Já que não estamos sem pecado, ao menos nisto sejamos semelhantes a Deus: o que lhe desagrada, desagrade também a nós. Em parte tu te unes à vontade de Deus, por te desagradar em ti aquilo mesmo que odeia aquele que te fez. Responsório Sl 50(51),12 R. Meus pecados, ó Senhor, são como flechas que foram encravadas no meu corpo; porém, antes que meus erros causem chagas, * Curai-me por sincera conversão. V. Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. * Curai-me.