25 April 2018 00:45
Sérgio Fausto | GGN
Sérgio Fausto
Sérgio Fausto e a falta de discurso e de coragem do centro democrático, por Luis Nassif
dom, 19/11/2017 - 11:39
Atualizado em 19/11/2017 - 12:00
Superintendente Executivo da Fundação Fernando Henrique Cardoso, Sérgio Fausto é uma das vozes de bom-senso do PSDB. Mas seu artigo de hoje, no Estadão – “Duas falsas narrativas” – não está à altura do cientista político. Presta-se mais ao papel de marqueteiro de um centro democrático que não consegue sair da armadilha do “anti”, isto é, de focar todo o discurso na desconstrução dos “inimigos” e nenhuma parte na apresentação de propostas.
Insiste na dicotomia Lula-Bolsonaro, a última palavra de ordem da mídia. Aceita impavidamente o caráter supostamente democrático do impeachment, a presunção de isenção da Justiça e da mídia. E, ao mesmo tempo, se apresenta como um cartesiano que não compactua com crendices.
Como membro distinto da academia FHC, não lhe cabe o benefício da ingenuidade. O próprio chefe, FHC, admitiu que o impeachment foi um golpe, motivado pela falta de apoio político a Dilma Rousseff.
Ou seja, o impeachment se consumou por falta de apoio contra o impeachment. E eu não apoiei a reação ao impeachment porque a maioria apoiou o impeachment. Em linguagem coloquial, eis a definição acabada do “maria-vai-com-as-outras”. E aí está uma das chaves para entender a falta de discurso do chamado centro-democrático.
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