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25 April 2018

Sérgio Fausto | GGN

Sérgio Fausto Sérgio Fausto e a falta de discurso e de coragem do centro democrático, por Luis Nassif dom, 19/11/2017 - 11:39 Atualizado em 19/11/2017 - 12:00 Superintendente Executivo da Fundação Fernando Henrique Cardoso, Sérgio Fausto é uma das vozes de bom-senso do PSDB. Mas seu artigo de hoje, no Estadão – “Duas falsas narrativas” – não está à altura do cientista político. Presta-se mais ao papel de marqueteiro de um centro democrático que não consegue sair da armadilha do “anti”, isto é, de focar todo o discurso na desconstrução dos “inimigos” e nenhuma parte na apresentação de propostas. Insiste na dicotomia Lula-Bolsonaro, a última palavra de ordem da mídia. Aceita impavidamente o caráter supostamente democrático do impeachment, a presunção de isenção da Justiça e da mídia. E, ao mesmo tempo, se apresenta como um cartesiano que não compactua com crendices. Como membro distinto da academia FHC, não lhe cabe o benefício da ingenuidade. O próprio chefe, FHC, admitiu que o impeachment foi um golpe, motivado pela falta de apoio político a Dilma Rousseff. Ou seja, o impeachment se consumou por falta de apoio contra o impeachment. E eu não apoiei a reação ao impeachment porque a maioria apoiou o impeachment. Em linguagem coloquial, eis a definição acabada do “maria-vai-com-as-outras”. E aí está uma das chaves para entender a falta de discurso do chamado centro-democrático.

16 April 2018

08 April 2018

Ao Presidente Lula da Silva, por Eugênio Aragão | GGN

Ao Presidente Lula da Silva por Eugênio José Guilherme de Aragão Lula, sem queremos incorrer na rasa pieguice, precisamos dizê-lo hoje mais do que nunca: você fez muito para nós, brasileiras e brasileiros. Você mostrou que há um Brasil inclusivo possível, um Brasil onde todas e todos cabem, sem distinção de gênero, renda, origem, cor, credo ou opção sexual. Um Brasil generoso que nem você, que a maioria de nós só imaginava em sonho. Você tornou um pouco desse sonho real. Você ensinou tolerância, respeito aos que pensam diferente, amor aos que dele carecem. Onde passa, você cativa, abraça e beija. E o faz com sinceridade, mostrando que a empatia não é uma mercadoria só encontradiça em campanha eleitoral. Você irradiou esperança, sem iludir ninguém. Nunca se perdeu pelo caminho fácil dos rótulos e chavões. Foi sincero e verdadeiro, coisa que é tão rara de se encontrar num meio onde o poder é disputado sorrateiramente, com quimeras e mentiras. Você não hostilizou os hipócritas, mas não se rebaixou a eles. Acusaram-no de ter confiado demais nos políticos da tradição patrimonialista, o que não é verdade. Você precisou de base para governar e criou um consenso parlamentar inédito para isso. Só com ele foi possível atender à dívida secular com a massa de excluídos deste país. Não pôde barrar ninguém que se dispusesse a lhe dar apoio nessa empreitada, ainda que, depois, muitos vieram a traí-lo. Mesmo traído, nunca quis mal aos traidores. Estendeu-lhes a mão, mostrando que o interesse do país é maior que as emoções pessoais. Não cultivou ressentimentos e mostrou a nós que política se faz com a cabeça e o coração, mas jamais com o fígado e a bílis. Apesar de injustiçado, fez questão de honrar todas as vias processuais, todas as instâncias decisórias para reverter uma sentença sórdida, politiqueira, corporativa e meganhocrata. Mostrou paciência e respeito pelas instituições, mesmo quando, irritadas e açodadas, não o respeitaram. Esgotou todos os meios e mostrou uma fé inquebrantável na Constituição que jurou cumprir como presidente da república. Você é muito maior que os que o ousaram julgar, não pelos cânones legais, mas por vaidade ou pusilanimidade, por preconceitos falso-moralistas, por arrogância ou prepotência, por ambição e por interesse político indisfarçável. E está firme, consolando a todas e todos que neste momento de seu padecimento público querem-no prantear. Você não nos deixa cair na autocomiseração e nem no pessimismo, mas nos levanta e ensina a aceitar a eventual derrota como mero percalço no caminho da vitória inexorável. Por tudo isso, Lula da Silva, nós agradecemos e assumimos o dever de continuar sua luta, que é a luta de todos nós. Você voltará nos braços das multidões e ensinará a seus detratores que não há força maior que a verdade e a justiça, mesmo que estas não se encontram nas mãos de uns burocratas regiamente pagos e, sim, na soberania popular em que, não pífias virtudes concurseiras, mas o voto de confiança merecida do povo que o elegeu é que vale. Obrigado, Lula da Silva!

01 April 2018